sábado, junho 10, 2006

10 Junho 2006 - Fim-de-semana













































































































No dia de Portugal, nada melhor do que uma travessia de fronteira. Por isso aproveito a necessidade da Francisca (uma portuguesa voluntária em Mumemo) em ir à fronteira carimbar o passaporte, por causa do visto, para ir até à Suazilândia – que é a menos de 100km de Maputo.
A paisagem pelo caminho até à fronteira vai sendo gradualmente alterada para um cenário de montanha, e só volta a retomar a extensão da savana já alguns quilómetros dentro do reino da Suazilândia.
Ali, a paisagem é mais próxima daquela África estereotipada dos documentários da vida selvagem, a savana que eu esperava encontrar.
Não posso dizer que conheci a Suazilândia, porque apenas fiz algumas horas de carro por ali dentro, numa das poucas estradas que tem (talvez mesmo a única importante) e, a certa altura, voltámos paras trás. De qualquer forma, pela organização das plantações que ladeiam a estrada, pelas infra-estruturas que se pode ver e pelo estado dos automóveis com que me cruzei, pareceu-me um país bem organizado e estruturado… Claro que é um bocado leviano da minha parte dizer isto, mas não se fiem no que digo, porque é só um impressão recolhida em velocidade e, inclusivamente, consta que há um segundo plano, por detrás dessa estrada principal, que é bastante diferente do que vi…
De qualquer forma, foi uma agradável viagem a um pequeno reino africano, com todo o charme que isso pode ter.
Uma pequena paragem para recolha de terra para mostrar aos alunos um outro tipo – não sem algum gozo das minhas companheiras de viagem sobre o facto de eu viajar sempre com sacos de supermercado na mochila para ir recolhendo amostras de terra por onde passo – e estamos de volta a Moçambique, à fronteira da Namacha.
Já em Maputo, finalmente desfaço-me das preocupações de limitações económicas inerentes à opção lírica pela profissão liberal que escolhi, e vou deliciar-me com algumas lagostas – aproveito o facto de cada lagosta inteira custar cerca de 2€ para acompanhar umas Laurentinas enquanto assisto a mais um jogo do mundial num bairro de Maputo.

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