terça-feira, junho 06, 2006

06 Junho 2006 - Dia 22




















Breve introdução à construção com terra, o que dá pano para mangas, com alguma curiosidade dos alunos, mas também alguma dificuldade em perceber de que raio se fala realmente.
Tudo será desmistificado brevemente.
Entretanto, após ponderação sobre os ensaios de taipa que efectuámos e após ter comentado esses ensaios com a Teresa Beirão (por Internet, pois claro), resolvo fazer mais dois blocos, com traços diferentes, para experimentar algo que me parece mais adequado a esta terra, agora que já vi o comportamento dos blocos anteriores. A questão é que eu estou mesmo empenhado em tentar usar uma mistura de terra com pedra ou gravilha que não requeira estabilização com cimento nem cal. Isto não se passa sem a apreensão da Teresa, por isso quero estar bem certo do risco que proporei, para a tranquilizar e merecer a sua concordância.
Fazemos, então, mais dois blocos, um sem cimento nem cal e outro com muito pouco cimento:

T7
50% terra (20l)
33,3% pó-de-pedra (13,5l)
16,6% gravilha (7l)

T8
3,6% cimento (1,75l)
47,7% terra (23,5l)
34,5% pó-de-pedra (17l)
14,2% gravilha (7l)

A opção pelo cimento, em caso de ser necessária a estabilização, parece-me irreversível, apesar de essa ideia não me agradar muito, quer técnica quer filosoficamente… O facto é que a cal custa quase o triplo do cimento, e não é muito fácil de encontrar aqui no sul do país, por isso mais vale ensinar os alunos a trabalharem com um material que provavelmente lhes aparecerá no caminho com muito mais frequência do que a cal.
É um mal necessário, digamos assim…

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