sábado, julho 15, 2006

15 Julho 2006 - Fim-de-semana




























A Maputo, para ir receber a Felícia, outra psicóloga recém-licenciada, colega da Mariana, que vem, com as mesmas intenções, colaborar com ela no trabalho, já avançado, que ela está a desenvolver desde a sua chegada.

sexta-feira, julho 14, 2006

14 Julho 2006 - Dia 49



















































































Como sempre, só quase às oito horas é que os alunos começaram a aparecer. Isto é recorrente, apesar de as aulas começarem às 7h30 e de eu estar sempre a dizer que estamos muito atrasados e que precisamos de fazer um esforço extra para acabarmos a obra – o que é muito importante, se queremos que o curso tenha alguma continuidade, porque da apresentação de um produto acabado com qualidade pode depender o surgimento de interesse nesta técnica e nestes miúdos por alguém ou alguma instituição…!
Como ainda ontem tínhamos tido esta conversa sobre o esforço suplementar, decido tomar uma medida mais drástica, e mando todos aqueles que aparecem para casa, anunciando que marcarei falta colectiva e que não haverá a aula da manhã e que, a partir de agora, ou respeitam os horários, ou será sempre assim.
Remédio santo, verdade seja dita! Por muito que me tenha custado fazer aquilo e desempenhar o papel de “durão”, a verdade é que, da parte da tarde, todos os alunos chegam alguns minutos antes da hora!!
(Nota posterior: Até ao final do curso, foi muito raro qualquer outro atraso do género, pelo que a eficácia da medida me deixou mais tranquilo.)
Aproveito a manhã para conhecer algumas zonas do bairro onde ainda nem tive tempo de ir, porque passo todo o dia na obra e os fins-de-semana a tentar conhecer algo mais. Pelo caminho, em casa de um aluno, estreio-me na apanha de mandioca e saboreio o meu petisco delicioso.
Da parte da tarde concluímos a quarta fiada de taipa e preparámos os lintéis de vãos, que já não tivemos tempo de executar, por causa da perda de tempo com o “incidente” matinal. Ficará para segunda-feira, o que é pena, porque gostaria de poder aproveitar o fim-de-semana que se inicia para a secagem e presa do betão...

quinta-feira, julho 13, 2006

13 Julho 2006 - Dia 48






























































































































































































































































Mais terra, pois então. A taipa quer crescer e a terra é mesmo ali ao lado. O problema é que os senhores da Tâmega – empresa que explora a extracção da famosa “areia vermelha” (terra, desde há muito, para os alunos do curso) – têm a escavadora num local onde a terra é muito mais arenosa do que a anterior… Depois de muitas e muitas tentativas de negociação, a resposta é clara: “Ou tiramos daqui, ou tiramos daquela ponta, ou só daqui a alguns dias é que pode ser!” Como “daqui” é igual a “daquela ponta” e é toda ela muito arenosa, resolvo que mais vale terra menos boa do que nenhuma, e mando carregar o camião. Pelas minhas contas, a terra que ainda nos sobra na obra deve chegar para a taipa e esta que agora recolhemos servirá para os rebocos e para a argamassa de assentamento dos BTC, pelo que até nem é mau que seja mais arenosa. Venha ela, que não estamos em fase de esperar por nada – nem sequer pela terra!
E a taipa lá segue, noite dentro, como já nos habituámos.

segunda-feira, julho 10, 2006

10 Julho 2006 - Dia 46




































































































Um ano de Flower Tower – escárnio derradeiro do meu amigo Rui, que passou por nós e teve de ir andando. Saudades, e esse é o primeiro pensamento da manhã, quando vejo a data.
Na obra, tudo é mais pragmático, e decido organizar os trabalhos em grupos, conforme as competências e valores que cada um dos alunos tem mostrado até ao momento. Após algumas horas, o grupo dos que foram menos responsabilizados começa a protestar, alegando que querem uma segunda chance para provarem o seu valor. Sob efeito da fatídica moleza de coração, concordo em deixar que todos rodem por todos os trabalhos, incluindo aqueles que tiveram já inúmeras oportunidades e que nunca as agarraram e agora pedem uma nova…
Taipa, nichos em BTC, muita mistura de terra, feijão com xima, e a obra que cresce.
E, como hoje está lua cheia, a festa da taipa estende-se pelo luar africano!