quinta-feira, maio 11, 2006

11 Maio 2006 - Dia 03















Para que os alunos possam, futuramente, executar obras “a sério”, em vez de os enviarmos directamente para uma espécie de clandestinidade, houve a preocupação de, neste curso, introduzir um programa que os inserisse no contexto dos procedimentos inerentes ao processo de uma construção e que possibilitasse a eficaz interacção com todos os possíveis parceiros nesse processo.
Assim, para além de aulas futuras em que se abordará temas como a segurança na obra, a organização de estaleiro, as medições, compra, armazenamento e gestão de materiais, equipamentos e recursos, hoje tivemos a primeira aula dentro desta vertente mais complementar do trabalho de construção civil, dedicada à correcta interpretação de desenho técnico, incluindo a compreensão das noções e características de desenhos de planta, corte, alçados e detalhes construtivos, e respectivos códigos de representação gráfica.
Procurando que todos os conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas sejam sempre enquadrados numa perspectiva muito prática e utilitária pelos alunos, procedemos, de imediato, à transposição dos desenhos de projecto do edifício a construir por eles para o terreno, introduzindo as técnicas e métodos de nivelamento do terreno, nomeadamente através da utilização da mangueira de nível e das estacas e guias de referência.
É gratificante constatar a súbita compreensão dos conhecimentos teóricos que a experiência empírica provoca nos alunos – sobretudo, e com maior intensidade e quase surpresa, naqueles com fracos níveis de escolaridade e menos habituados a estudar e a assimilarem informação teórica e conhecimentos científicos – dos doze alunos, apenas dois têm o 12º ano (ou classe, como por aqui se diz), um tem o 9º, dois têm o 8º, três têm o 7º, outros três têm o 6º, e um tem apenas o 5º!

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