quarta-feira, junho 28, 2006

28 Junho 2006 - Dia 38









































































































































Os BTC já são familiares para quase todos os alunos, o que me permite estar um pouco mais descansado com a prensagem dos blocos e dedicar-me um pouco mais à taipa.
Nesta segunda fiada estamos a utilizar terra não estabilizada. Na primeira, como já havia aqui dito, usámos uma pequena percentagem de cimento para aferir uma melhor resistência ao desgaste, sobretudo por causa dos ventos fortes que transportam areias fustigantes rasteiras.
Por via das dúvidas, e como o trabalho dos alunos tem, naturalmente, algumas imperfeições, resolvo colocar uma espécie de grampos de amarração dos blocos de taipa nos cunhais, para conferir mais resistência, sobretudo de teor parasísmico, uma vez que estamos a trabalhar sem qualquer estrutura ou esqueleto, e a taipa é auto portante. São grampos feitos com varão de obra de 6mm, um pouco à semelhança de algumas técnicas antigas de reforço estrutural das paredes em terra, onde se colocava elementos em madeira nos cunhais. Como as térmitas andam a ver se comem a minha alegre casinha lá para os lados de Évora, tentaram comer a dos meus pais em Lisboa, estão a comer as de alguns amigos meus, e até me chamaram paranóico quando, numa série de crónicas semanais que costumava escrever sobre arquitectura para um jornal, dediquei uma edição inteira à temática das térmitas, e como essas matreiras terrificas abundam nestas zonas, achei por bem substituir a madeirita do cunhal por um varãozito de armadura. Modernices…

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