terça-feira, maio 30, 2006

30 Maio 2006 - Dia 17












































































































































Logo pela manhã, mais uma situação de alegria generalizada, com a entrega, não anunciada, de um capacete de obra a cada um, que ontem comprara em Maputo.
Depois de termos inserido a questão da Higiene e Segurança no Trabalho neste curso, pareceu-nos adequado reforçar essa questão com a compra de um capacete amarelo (operário) para cada um e de um branco (técnico) para o encarregado, que é cada um dos alunos, em sistema rotativo diário.
A satisfação é geral, e todos os alunos colocam os capacetes de imediato, exibindo-os com orgulho, e gostariam de os levar para casa todos os dias e fins-de-semana inclusive, se fosse possível.
Como a prensa de BTC tarda em chegar, avançamos para um trabalho que estava previsto ser posterior à taipa, que é o de execução do enrocamento e massame do piso interior.
Removemos todas as raízes que sobreviveram à operação-fundações, humedecemos e compactamos a areia do terreno, colocamos e compactamos uma camada de 10cm terra vermelha – a mesma que vamos utilizar na taipa – depois um enrocamento, também com 10cm e, finalmente, um massame de regularização com 5cm e traço 1:2:5 (os 5 são 3 de gravilha e 2 de desperdício de blocos de betão). Por cima deste massame será, no final, executada uma betonilha afagada de acabamento.
Todo o nivelamento destas camadas foi marcado com uso de fio de giz, que os alunos desconheciam totalmente. Quando os ensinei a usá-lo, pareciam estar perante a descoberta de um produto milagroso, com todos a quererem experimentar o novo “brinquedo”.
Entretanto, ficou definido que o encarregado de obra terá de passar a fazer a ficha diária de obra, coisa que parece agradar e estar ao alcance de poucos, para desespero da Patrícia, que lhes deu a aula dessa matéria e que tenta explicar ao encarregado do dia os requisitos e as razões e vantagens do correcto preenchimento da dita ficha.
Apesar da enfatização da questão da HST, com a entrega dos capacetes, a questão das botas de biqueira de aço, (ou até de qualquer calçado!) está muito longe de ser uma conquista. Chinelos de borracha são o calçado mais sofisticado da maior parte dos alunos, havendo, inclusivamente, aqueles que os tiram para trabalharem, para não os estragarem…

Sem comentários: