sexta-feira, julho 21, 2006

21 Julho 2006 - Dia 54






















































Hoje chega a Teresa Beirão. Que grande alívio para mim, que já nem tenho tempo para dormir, nas últimas semanas. Os alunos também ficam satisfeitos, e preparam-lhe uma recepção, com o MC de serviço a organizar uma intervenção de hip-hop na obra. Até fizeram uma letra especial sobre a taipa, que cantam enquanto os colegas batem a terra. Esta, para mim, é nova…!
A gripe aperta, e de que maneira. Estou cheio de febre e com a cabeça às voltas, e o sol abrasador, a brisa poeirenta que sopra, e as mãos na água, na cal e no cimento, a assentar blocos, não abonam nada para a minha saúde.
Más notícias: o voo da Teresa chegou atrasado e ela já não vem hoje a Mumemo. Ficará em Maputo no fim-de-semana e só virá à obra na segunda-feira. Como vou estar ausente na segunda e na terça (descompressão de sobrevivência, porque estes dois meses foram um exagero), tenho de deixá-la ao corrente de tudo, para que possa estar em cima do acontecimento na obra, sem a minha presença.
Terminamos os panos em BTC e executamos parte do lintel do alçado frontal, com a respectiva armadura.
Terminamos já de noite e sigo para Maputo, para um jantar há muito combinado.
Em plena mariscada, sinto-me cada vez pior e, quando os sintomas começam a coincidir, decido ir fazer o teste da malária – nunca se sabe…
Felizmente, o teste dá negativo e não passa de uma valente gripe e de uma camada de febre terrível, com a consequente dor generalizada em todas as articulações, a falta de apetite (só depois do marisco, vá lá!), o frio extremo, os tremores e a sensação de desmaio ao menor esforço.
Encontro-me com a Teresa para uma péssima recepção – contava estar todo bem disposto no seu regresso, e pareço um recém libertado de um Gulag – e temos a reunião possível por entre o cansaço e a condição física.
Amanhã é dia de estar em forma, para ir “à caça”!

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