sexta-feira, junho 30, 2006

30 Junho 2006 - Dia 40




















Hoje chega a Mariana, uma psicóloga recém-licenciada, de Évora, que vem um mês para Mumemo, para tentar desenvolver algum projecto, com as crianças, que lhe dê alguma experiência. Por isso, vou buscá-la ao aeroporto, mas antes deixo o taipal na carpintaria para lhe alterarem as travessas.
Como há aquela discrepância entre a medida do taipal e a modulação do projecto, resolvi mandar alterar a posição das travessas de encosto do frontal para ter blocos mais longos e, assim, evitar ter de fazer tantas rampas, que custam mais a fazer e demoram muito mais tempo, até porque obrigam a mais mudanças e montagens de taipais, que é uma das coisas mais demoradas de todo o processo construtivo.
Peço também uma nova carrada de pó-de-pedra para a mistura na terra da taipa, porque a nossa está a chegar ao fim.
Como está a chover, a interrupção da taipa pela alteração das travessas vem bem a propósito.
Parto para a cidade e, de facto, a chuva é muita e faz-me pensar nas origens factuais da minha vinda aqui – as cheias de 2000. A cidade transforma-se numa zona de cheia, com a agravante de que o sistema de recolha de lixos aqui é uma espécie de lixeira a céu aberto em cada rua. Daqui podem retirar as imagens do que será a proliferação de lixo flutuante em situação de chuva forte. E depois vem a mosquitagem (aquela da malária, pois bem), e os engarrafamentos, e estamos bem em África.
Após o tradicional atraso, a Mariana põe os pés no hemisfério sul e regressamos a Mumemo, onde só conseguimos chegar ao início da tarde.
Já sem grande espanto meu, nada do que pedi está feito, o que nos deixa entregues exclusivamente à produção de BTC, até porque a carpintaria já fechou. De facto, terei de dosear muito bem as minhas ausências - por cinco minutos que seja - se quiser que este curso chegue ao fim com resultados…
Mas sempre deu para prensar mais 215 BTC, que é o novo recorde de Mumemo. Claro que a equipa que os prensou não dispensa a foto da glória.

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